25 de fevereiro de 2010

Frutos e Legumes

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Poema da Terra Adubada

Por detrás das árvores não se escondem faunos, não.
Por detrás das árvores escondem-se os soldados
com granadas de mão.

As árvores são belas com os troncos dourados.
São boas e largas para esconder soldados.

Não é o vento que rumoreja nas folhas,
não é o vento, não.
São os corpos dos soldados rastejando no chão.

23 de fevereiro de 2010

15 Lindas Praias

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Solidão

Estás todo em ti, mar, e, todavia,
como sem ti estás, que solitário,
que distante, sempre, de ti mesmo!

Aberto em mil feridas, cada instante,
qual minha fronte,
tuas ondas, como os meus pensamentos,
vão e vêm, vão e vêm,
beijando-se, afastando-se,
num eterno conhecer-se,
mar, e desconhecer-se.

14 de fevereiro de 2010

O Milagre de S. Valentim

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- Sabeis, minha esposa, que vossa filha Mariana disse na minha cara que só casaria por amor? Tendes que educá-la melhor e fazer-lhe ver que essa postura não é própria de uma donzela. – Sentenciou Damião, enquanto a mulher socava a massa para fazer o pão.

- Tendes de ter paciência Damião, então não vedes como os tempos estão a mudar? – Disse Beatriz não parando um momento de amassar. Olhou ternamente para o marido que estava sentado em frente à lareira, enquanto beberricava o vinho numa malga de madeira, finamente esculpida. Era uma peça muito bonita, que tinha vindo do oriente pelas mãos de seu irmão Bartolomeu.

- Mas de que mudanças falais? – Exasperou-se Damião. – Ela casará com quem eu lhe disser, tal como nós casamos. Dizei-me Beatriz, precisámos nós de amor para nos respeitarmos, termos filhos e labutar? Ela casará com o filho do Noronha. Já tenho tudo pensado.


Por Luísa L.

8 de fevereiro de 2010

As Origens do Tarot

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As Origens do Tarot
Por Nei Naiff

Tudo começou com o livro Tarô dos Boêmios (Paris, 1889) que seguramente é o primeiro na história do Tarot a abordar os arcanos, tanto sob a óptica da metafísica cabalística quanto dos jogos divinatórios numa única obra, pois os outros autores de sua época ou se reportavam a um ou a outro. O livro em questão foi escrito pelo médico espanhol, radicado na França, Gérard Anaclet Vincent Encausse (1865-1917), conhecido como Papus. Encontrei, com suas próprias palavras, toda sua vaidade e arrogância espiritual explicitada nas páginas 273/275 e depois no final da 309 da edição brasileira. Resumindo o conteúdo: Papus dizia que as mulheres eram todas burras o suficiente para não entenderem sua obra cheia de números, letras hebraicas e deduções abstractas, que pertencia aos homens da ciência, mas como era tradição delas jogarem cartas, ele escreveria algumas páginas para não se aborrecerem; esclarece às ignorantes leitoras que o homem tem a razão e a mulher a intuição. Pensei - Homens não jogavam cartas!? Por que ele exultou a cabala e desdenhou a cartomancia?
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