Durante a adolescência Niki, criou diversos conflitos no Colégio e acabou por ser expulsa. A partir daí, frequentou outras escolas e foi na Brearly School que começou a interessar-se pelo trabalho de diversos escritores (Edgar Allan Poe, Shakespeare, e os clássicos Gregos); descobriu a apaixonou-se pela literatura russa e leu toda a obra de Dostoievski. Actuava nas peças de teatro da Escola e começou a escrever poesia e peças de teatro; mas acabou por ter que sair de Brearly por pintar folhas de figueira vermelhas, nas estátuas da escola. Terminou os seus estudos em 1947 numa escola privada para raparigas, a Old Field School em Maryland.
Entre 1948 e 1952 trabalhou como modelo para a Vogue, Live, Elle, entre outras revistas americanas e francesas; começou a pintar e fez experiencias com os mais diversos materiais. A sua primeira filha, Laura, nasceu em 1951.
Em 1952 parte para a Europa, rumo a Paris para estudar teatro. Durante esse ano visita inúmeras catedrais e igrejas na França, Itália e Espanha. Fica fascinada com estes monumentos que, para ela, encerram o conceito de “ideal colectivo”. Mais tarde, isto viria a ser um aspecto muito importante do seu trabalho.
Em 1954, em Paris, Niki conheceu o pintor Hugh Weiss, que viria a ser seu amigo e mentor; foi ele que a encorajou a retomar a pintura. Mudou-se para Majorca, na Espanha, onde nasceu o seu filho Philip em 1955. Nessa altura entra em contacto com o trabalho de António Gaudi, que a deixa fascinada, particularmente o Gaudi’s Parc Guell; é a partir daqui que Niki começa a imaginar e a projectar o seu próprio “jardim”. Volta para Paris e conhece o escultor Jean Tinguely e a sua esposa Eva Aeppli, que apoiaram o seu projecto.
Entre 1956 e 1958 ela vive em Lans-en-Vercors, nos Alpes Franceses e dedica-se à pintura; a sua primeira exposição individual foi em St. Gall, na Suíça, em 1956.
De 1959 a 1974, vive apenas para o trabalho. Pinta, escreve, e esculpe; dedica-se aos mais variados projectos e experiências. Separa-se do marido e os filhos ficam a viver com ele para ela poder viajar. Marcella Caracciolo Agnelli, uma amiga que conheceu em Nova York nos anos 50, contribui para o seu projecto “Jardim do Tarot”, com parte de um terreno que possuía na Toscânia.
Em 1979, o terreno na Toscânia está preparado para Niki começar a construção do Giardino dei Tarocchi. Faz os primeiros esboços das figuras do Tarot que serão construídas no terreno.
Niki continua a trabalhar em diversos outros projectos enquanto na Toscânia vão emergindo figuras num terreno muito bonito. Oficialmente o Jardim do Tarot abriu as suas portas ao público em 15 de Maio de 1998. Niki viria a falecer em 21 de Maio de 2002 em La Jolla, Califórnia.
Fonte: Il Giardino dei Tarocchi
Bellissimo esse lugar, o "Giardino dei tarrochi". Morei 1 ano na toscana e visitei-o umas duas vezes!
ResponderEliminarimperdivel pra quem quer uma experiencia nova e diferente!Se tiver na regiao nao deixe de visitar!
um abraço!
Não conhecia essa história, gostei, seus textos sempre bem explicados e com fotos ótimo trabalho.
ResponderEliminarAbraço!
Luisa!
ResponderEliminarPedindo licença ao nosso bom amigo Lison... Que post fantástico!!!
Uma viagem fantástica... Um banho de cultura, uma festa para os olhos!!
Parabéns!!!!
Abraço
Serenissima
Luíza... que coisa mais linda... acabei de aprender um bocado agora!
ResponderEliminarValeu mesmo.... muito dez!
Beijo no coração
Lú,
ResponderEliminarQue história e lugar belíssimos! Faz-nos acreditar que devemos insistir nossos sonhos.
Beijocas
Olá queira amiga Luísa,
ResponderEliminarVocê é uma pessoa sensacional. Apresenta-nos histórias incríveis, sempre acompanhada de imagens magníficas.
A arte, mesmo que exótica, é sempre arte, e inebriante.
Parabéns pela narrativa perfeita.
Carinhoso e fraterno abraço,
Lilian
Me lembra as formas e os mosaicos de Gaudi.
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