Conta-se que algures no séc. XVI, duas damas de nobre linhagem, uma, Miraguarda, e a outra, Polinarda, tendo um dia ido visitar o castelo, ao tempo habitado pelo gigante Almourol, foram por este feitas suas prisioneiras. Bem tratadas, mas impedidas de saírem da custódia do gigante.
O noivo de Polinarda era Palmeirim, um heróico combatente que andava pelo mundo em busca de glórias que dedicava à amada. Ao saber do sequestro da noiva, Palmeirim de pronto decidiu regressar para resgatar Polinarda daquele cativeiro. Deparou-se, porém, com um árduo opositor, pois o Cavaleiro Triste, apaixonado por Miraguarda, defendia o castelo e guardava as damas cativas.
Palmeirim, desafiado para um duelo entre cavaleiros, não recuou. Bateram-se ao longo de horas e horas, sempre com as apaixonadas no pensamento. Exaustos, sem que se apurasse um vencedor, os cavaleiros decidiram suspender o combate para sarar feridas e recompor as forças e as armas.