Mesopotâmia - O Respeito pelos Deuses

Os mesopotâmios acreditavam num mundo invisível e sobrenatural que governava a sua vida. Este "Reino das Alturas" era habitado por centenas de deuses semelhantes aos homens que viviam "na Terra". Tal como os seres humanos, também os deuses tinham qualidades e defeitos, no entanto possuíam uma força extraordinária, grande beleza e eram imortais.

Todos os deuses são iguais?

Nem todos os deuses tinham a mesma força, Enlil, o deus supremo, comandava todas as coisas. Senhor do Ar, das Tempestades, dos Raios e Trovões, era considerado a ligação entre o Céu e a Terra.

Enki-Ea, seu irmão, era o Senhor da Águas. Foi ele que criou os homens, a quem protege.

A esposa de Enlil é Inanna-Ishtar, deusa do amor e da guerra. Depois existiam uma infinidade de divindades "menores" que tinham a função de proteger e transmitir aos homens as ordens de Enlil. Existia um deus para cada profissão e para cada situação do dia-a-dia.

Venerar os Deuses

Os mesopotâmios esperavam obter os favores divinos através da adoração. Pensavam eles que nada era era suficientemente bom e belo para contentar os deuses. Tudo o que acontecia na Terra, fosse bom ou mau, resultava da vontade divina. Os homens estudavam os sinais dos deuses (uma tempestade fora da estação das chuvas, por exemplo) para saberem o que lhes estaria reservado.

Os sacerdotes sacrificavam animais em honra dos deuses, depois examinavam as suas entranhas para preverem os desígnios divinos.

Os Reis construíram-lhes belos templos e mandaram erguer estátuas. Ofereciam-se jóias, alimentos e sacrifícios, orações eram cantadas diariamente e organizavam-se festas belíssimas em honra dos deuses. Era assim que os mesopotâmios imploravam perdão e aplacavam a sua ira.

Civilisations Anciennes, 1999, Editions Fleurus, Paris