6 de junho de 2011

Animais em Perigo - Águia Real


Nome popular: Águia-real

Nome Científico: Aquila chrysaetos

Distribuição geográfica: A águia-real distribui-se geograficamente por grande parte do Hemisfério Norte. Na Europa encontra-se relativamente bem distribuída. Actualmente, a população europeia estima-se entre os 5000 e os 7200 casais nidificantes. A população nacional encontra-se estimada entre 56 e 63 casais nidificantes, devendo estar a aumentar ligeiramente. A maior parte da população nidifica no Nordeste transmontano e Alto Douro. Os demais casais distribuem-se nas serras da Peneda, Gerês, região do Tejo Internacional, Marão, troço médio do Guadiana e pontualmente noutras áreas.

Habitat natural: Espécie que essencialmente nidifica em habitats rupícolas (rochosos), no entanto, se estes meios escassearem pode construir os seus ninhos em árvores. Na Península Ibérica aproximadamente 90% dos casais constroem os seus ninhos em meios rupícolas. Pode nidificar desde o nível do mar até altitudes superiores aos 2000 metros. Contudo, na Península prefere claramente as áreas montanhosas e com menor pressão humana. Florestas, serras e montanhas da Europa.

Hábitos alimentares: Alimenta-se de mamíferos, aves e répteis de tamanho médio, podendo recorrer de igual modo a animais mortos. Na maior parte das situações, as principais presas consumidas são coelhos, lebres e várias espécies de galiformes. Captura com alguma frequência outras espécies de predadores, como raposas ou genetas. Geralmente, captura as suas presas no solo, caçando preferencialmente em áreas abertas, evitando zonas muito arborizadas. Alimenta-se de sementes e frutas. Em cativeiro, é comum comer amendoim, girassol, milho verde e frutas.

Tamanho: 95 cm de comprimento e até 2m de envergadura (é a maior das águias).

Peso: De 3 kg até 6,125 kg.

Período de gestação: A águia-real é uma espécie monogâmica, que realiza apenas uma postura por ano, sendo normalmente constituída por 2 ovos (por vezes, pode apresentar 1 ou 3 ovos). As aves incubam os ovos durante 43-45 dias. Este trabalho é feito por ambos os elementos do casal, contudo a fêmea permanece mais tempo no ninho. O ninho é constituído por uma pilha de ramos e outro tipo de materiais vegetais.

Número de crias: 1 a 3 ovos.

Tempo médio de vida: Máximo de 32 anos em liberdade; máximo de 46 anos em cativeiro.

Estado de conservação da espécie: Está em vias de extinção porque o homem destruiu o seu habitat e teima em roubar-lhe a sua fonte de alimento: a caça.

Em Portugal, a águia-real é uma espécie residente, habitando as regiões mais montanhosas, inóspitas e desabitadas do interior. No nosso país, a águia-real é classificada como "Em Perigo de Extinção" pelo Livro Vermelho dos Vertebrados, estando a população nacional estimada em somente cerca de 50 casais. Todavia, além de alguns censos nacionais ou regionais, isolados no tempo, poucos estudos acerca da sua biologia e ecologia tem sido efectuados em Portugal.A pequena população residual de águia-real nas serras do Noroeste de Portugal, nomeadamente na Serra do Marão (com um único casal) e no maciço da Peneda-Gerês (com 3 casais estimados, mas possivelmente, com um número real inferior), por se encontrar isolada da restante população ibérica, por possuir um escasso efectivo nidificante e por enfrentar ameaças sérias, como a utilização frequente de veneno nos seus territórios, encontra-se numa situação bastante crítica. Além disso, esta população de águia-real tem características únicas no nosso país, uma vez que é o único local de ocorrência desta espécie num ecossistema de alta montanha.

Apesar do Parque Nacional Peneda-Gerês considerar a águia-real como estável nesta região, não existe qualquer monitorização desta população, além de se verificar uma diminuição nas observações de águia-real nos últimos anos, podendo significar um recente declínio populacional. A implementação de um aprofundado e contínuo programa de monitorização da população nidificante de águia-real nesta região montanhosa e de rígidas e eficazes medidas para a sua conservação (tais como a protecção dos locais de nidificação e fomento de potenciais espécies-presa), são assim de importância primordial se pretendermos continuar a observar o voo majestoso da águia-real contra as enormes escarpas existentes na região. Contudo, o desinteresse das entidades competentes e da maioria dos investigadores no estudo e conservação da águia-real em Portugal, nomeadamente na Peneda-Gerês são as maiores ameaças que esta espécie enfrenta.










8 comentários:

  1. Pois é José, muitas espécies desaparecem diariamente e nem sequer damos conta. Penso que isso se passa com os insectos. Mas há algumas que teimam em multiplicar-se rapidamente. As amebas e o homo corruptus são duas delas. É uma pena!

    Sim, ontem fomos a votos. Tínhamos que eleger um governo, para substituir o que caiu. Agora viramos à direita. O PSD tem quatro anos para mostrar o que vale. Claro que vai andar quatro anos a lamentar-se, dizendo que anda a limpar as asneiras do Sócrates. Mas já estamos habituados. Quando a vontade de trabalhar é pouca, em vez de se governar com inteligência e originalidade, finge-se que se limpa o pó daqui ou se aspira ali... rsrsrsrs

    Eu fiz como Pilatos. Lavei daí as minhas mãos. Cumpri o meu dever de cidadã em branco. Estou arreliada com todos eles! rsrs

    Beijocas!

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  2. Oi Luísa querida!
    Eu aprecio muito essa ave por sua beleza de voo e precisão... Uma pena que diversas espécies estejam em extinção... Acho que as fichas ainda não caíram para muitos sobre esse desequilíbrio ambiental e consequências dos atos humanos...
    Pena...muita pena mesmo!
    Grande beijo,
    Jackie

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  3. Lindissima espécie, faz jus ao titulo de real, entretanto se a realeza está em perigo, imagine os menos nobres ....eu?

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  4. Oi Luisa,
    Como pode se destruir a natureza desta forma, e varrerem da face da terra seres tão bonitos e importantes ao nosso equilíbrio?
    Ah! Dias turbulentos se avizinham em Portugal...
    Vamos aguardar.
    Um abraço.

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  5. Luísa querida!

    Bonita, não propriamente eu definiria a águia-real, mas como é pomposa a danadinha!
    Seus vôos devem causar deslumbre em quem a vê...
    Todas essas aves-de-rapina têm uma carinha de ruinzinhas, né?
    Mas sobre a extinção dos animais, sempre me toca o coração o seguinte: que mal fizeram eles, para merecerem tanto desprezo humano?

    Lindo post, amiga!

    Beijos,
    Mary:)

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  6. Cara amiga Luísa,

    Uma ave majestosa, linda! É uma pena que o homem acabe destruindo a maior parte das coisas que toca!

    Espero que o mesmo homem que destrói, encontre meios para preservar esta e outras espécies que correm o risco de desaparecer.

    Beijos,

    Guta

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  7. Belas imagens! É uma pena ver tanta beleza sendo ignorada pelo homem. Primeiro temos que ser capazes de olhar para um minúsculo inseto, para uma flor do campo, para a natureza com mais amor. É triste ver a cegueira humana, aquela apenas do capital. Ah... gostei do "lavar as mãos". Penso que a classe dos políticos precisa ser enfrentada pelo povo, negando-lhe o voto primeiro, para exigir mudança. Se não der certo, deve-se partir para medidas de mudança dos modelos de governo dos países. Nada fácil, mas se o povo soubesse a força que tem...
    Grande Abraço, Luísa!

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  8. bonita espécie, pena que a serra do geres seja muito "comercial" tenho muito impacto humano, portanto muito difícil o êxito desta espécie lá

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