Apolo e Jacinto

Apolo e Jacinto
 

Jacinto era um jovem mortal, notável pela sua beleza e graça, qualidades que o levavam a ser amado por muitas divindades. Conta-se que Apolo o amava ternamente e seguia-o aonde quer que ele fosse. A Jacinto agradava particularmente a companhia de Apolo, e, ambos saíam frequentemente pelos campos floridos, trocando carícias e juras de amor. Um dia, enquanto se divertiam a jogar com um disco, Apolo lançou-o habilmente pelos céus fazendo Jacinto correr para o apanhar. Zéfiro, o Vento Oeste, profundamente apaixonado pelo jovem mortal, sentia-se desprezado e, ciumento, mudou a direcção do disco para que este atingisse Jacinto. O disco bateu violentamente na testa de Jacinto que logo ali caiu inerte. Apolo correu desesperado para o seu jovem amante, mas todos os seus conhecimentos médicos e divinos não foram suficientes para dar vida ao belo mortal.

A morte de Jacinto

Apolo, assolado de uma enorme tristeza e saudade, jurou ali mesmo, segurando o corpo ainda quente e macio de Jacinto, que ele viveria para sempre na memória da sua música e do seu canto e todos os deuses o recordariam para sempre. Também os mortais seriam abençoados com a sua presença eterna, pois o seu sangue seria transformado numa bela e perfumada flor. Nessa flor púrpura, Apolo gravou o nome de Jacinto e nela eternizou o seu amor, fazendo-a renascer todas as Primaveras, frágil e de uma beleza sem igual.

Jacinto

Segundo algumas fontes, a flor mencionada na lenda poderá não ser um jacinto, mas provavelmente uma violeta ou amor-perfeito.

Narração livre da lenda.

Imagens sem referência