Uma camada grossa de cinza cobre a estrada que vagueia até à zona industrial. O ar na cidade é acre e denso. Plataformas industriais e fábricas espreitam para fora da neblina à medida que nos aproximamos e desaparecem engolidas pela névoa acre quando nos afastamos.
Um pouco mais adiante, nas montanhas, há sons de explosões que dilaceram os nossos tímpanos, são os trabalhadores que dinamitam a rocha calcária para dali extraírem as pedras que irão enfeitar as florestas de pedra. Não muito longe dali, num vasto vale, mineiros escavam túneis, procurando avidamente a preciosidade que sustentará cidades inteiras.
A economia Chinesa corre atrás do seu “ouro”, e ele chama-se carvão. O carvão tornou-se uma necessidade insaciável porque dele dependem a electricidade, o fabrico do aço e as indústrias do cimento. Esta espécie de corrida ao ouro tem um custo na crescente industrialização da China, pois tudo devasta à sua frente, numa desenfreada necessidade de conseguir o precioso combustível a baixos custos.
Nuvens escuras são uma viagem íntima nalgumas cidades industriais Chinesas. Elas são o lado negro da fachada luminosa e esplendorosa da crescente economia Chinesa. No decurso de diversas viagens à China, Ian Teh mostra-nos o lado invernoso e sombrio da vida diária das pessoas que são afectadas pela indústria do carvão. As nuvens escuras raramente oferecem um olhar, mesmo que fugido, para outras paisagens e outra visão do mundo.
Fonte: Paris - Beijing Photo Gallery
É o preço do progresso, todos querem pagar, ou não.
ResponderEliminarBoa Noite Luísa :)
ResponderEliminarNão consegui te visitar antes . Meio corrido aqui .
As fotos são marcadas pela universalidade . Aqui perto temo uma cidade chamada Cubatão que infelizmente tem um céu e estruturas industriais muito parecidas . A diferença é o alfabeto !
Abraços
Saudações!
ResponderEliminarAmiga LUÍSA
Salve Este Dia Especial!
Que registro extraordinário do chamam progresso (in)sustentável!
É o preço que muitas nações pagarão em bisca de $$$, com vidas humanas!
Parabéns pelo Post!
Abraços,
LISON.