14 de fevereiro de 2010

O Milagre de S. Valentim

- Sabeis, minha esposa, que vossa filha Mariana disse na minha cara que só casaria por amor? Tendes que educá-la melhor e fazer-lhe ver que essa postura não é própria de uma donzela. – Sentenciou Damião, enquanto a mulher socava a massa para fazer o pão.

- Tendes de ter paciência Damião, então não vedes como os tempos estão a mudar? – Disse Beatriz não parando um momento de amassar. Olhou ternamente para o marido que estava sentado em frente à lareira, enquanto beberricava o vinho numa malga de madeira, finamente esculpida. Era uma peça muito bonita, que tinha vindo do oriente pelas mãos de seu irmão Bartolomeu.

- Mas de que mudanças falais? – Exasperou-se Damião. – Ela casará com quem eu lhe disser, tal como nós casamos. Dizei-me Beatriz, precisámos nós de amor para nos respeitarmos, termos filhos e labutar? Ela casará com o filho do Noronha. Já tenho tudo pensado.


Por Luísa L.

9 comentários:

  1. Lindo conto amiga Luísa!
    Adorei a história. Belo texto que nos trouxeste hoje amiga.
    Beijo no coração, Fernandez.

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  2. Luísa,
    Adorei o conto.
    São Valentim foi um daqueles homens que devemos reverenciá-lo.
    Por sua coragem e amor ao que acreditava.

    Um forte abraço!

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  3. Saudações!
    Que Post Fascinante!
    Amiga LUÍSA, mais uma história encantadora. Parabéns pelo excelente texto!
    Contagiou. Mexeu. Valeu.
    Abraços fraternos,
    LISON.

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  4. Oh Luísa, que lindo!
    Fique feliz em vim cá conferir.
    Obrigada!
    bjs

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  5. Olá Luiza!
    Adorei o conto.
    Este bispo Valentim, então, era um milagreiro! talvez o milagre tenha em si, um pouco de rebeldia, não é?
    abraço, Vera.

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  6. Luísa, que romântico! Fiquei feliz que ao final o pai usou o coração porque sabia ouvir!

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  7. Delícia de texto...
    Beleza de trabalho, parabéns!
    Abração e obrigado pela visita lá na cidade da leitura, ok?

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  8. Ah, que história mais doce de se ler pela manhã. Adorei.
    Aquele abraço!
    João

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