4 de abril de 2010

Quando a morte chegou a Bagdad

O discípulo de um sábio de Bagdad, estava certo dia sentado no canto de uma hospedaria, quando ouviu duas pessoas a conversarem. Pelo que se pôde aperceber, uma delas era o Anjo da Morte.

- Tenho várias visitas para fazer nesta cidade, durante as próximas três semanas - dizia o Anjo ao seu companheiro.

Aterrorizado, o discípulo escondeu-se até que os dois partissem. Então, apelando a toda a sua calma e inteligência, decidiu frustrar uma possível visita da morte. Pensou que, caso se mantivesse distante de Bagdad, não seria uma das vitimas. Dessa ideia à resolução de alugar o cavalo mais veloz da cidade, foi apenas um passo. O discípulo lançou-se a toda a brida para a distante cidade de Samarkand. Enquanto isso, a morte encontrou-se com o mestre sufi e conversaram a respeito de várias pessoas.

- Por falar nisso, onde está aquele teu Discípulo? - Indagou o Anjo.

- Deve andar pela cidade, ou então nalgum lugar calmo em contemplação, talvez numa hospedaria - disse o Mestre.

- Que estranho... de certeza que ele está em Bagdad? - perguntou o Anjo da Morte. - É que ele está na minha lista... Sim, aqui está: tenho que ir buscá-lo dentro de quatro semanas em Samarkand...

Conto Sufi

7 comentários:

  1. É ... quando chega a hora ninguém escapa .... não tem jeito ... mas como sou ingenuo achava que a morte tinha chegado a Bagda com a invasão americana no Iraque.

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  2. Minha amiga, esse conto é realmente muito legal. Fui "apresentado" a ele nos anos 80, narrado por Boris Karlof em um filme de Peter Bogdanovich, mas tinha me esquecido, passados tantos anos.

    Uma parábola sobre destino e inevitabilidade fantástica.

    Abração.

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  3. Que Post Fantástico!

    AMIGA LUÍSA, que bom que você nos presenteou hoje, com um belíssimo e profundo conceito Conto Sufi sobre a eterna sombra da vida!
    Parabéns por mais um lindo post!
    Abraços,
    LISON.

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  4. #medo
    quer dizer que não se pode fugir?
    essa é a moral não é?
    ai ai

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  5. Olá Luiza eu quero é distância desse anjo. Eu prefiro o meu anjo da guarda.

    Um grande abraço.

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  6. Excelente postagem, fiquei arrepíado.Abraços
    Roberto Lima

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  7. Luisa,

    É inútil tentar fugir do Destino!

    Dizia Paulo Mendes Campos:

    "Quanto mais fugimos de Deus, mas nos acercamos dEle".

    Eu digo: "Quanto mais corremos do Destino e dos impostos, mas facilmente eles nos encontram".

    A Vida é movimento. E quando nos movimentamos, quer pensemos ir ao encontro do destino ou fugir dele, mas a Roda da Fortuna gira rápido. E aí, é dizer:

    "Alea iacta est".

    Bjs!

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