António Moreira Antunes, ou simplesmente António, é um cartoonista e caricaturista português, nascido em Vila Franca de Xira a 12 de Abril de 1953. Formou-se em pintura na Escola António Arroio e posteriormente frequentou a Escola Superior de Belas Artes.
É do consenso geral que António é um dos melhores caricaturistas nacionais, considerado por muitos como o melhor caricaturista político português das últimas décadas. A sua carreira inicia-se aos 21 anos quando opta pela comunicação de massas, que o fascina.
Começou como cartoonista no vespertino República, na edição de 16 de Março de 1974, onde faz um desenho simbólico que viria a ser uma alegoria premonitória da revolução. António começou a desenhar nos jornais "por brincadeira", sem grandes perspectivas de futuro, pois esta actividade tinha sido completamente cristalizada pelo Estado Novo. Passou pelos jornais Diário de Notícias, A Capital, A Vida Mundial, O Jornal e em Dezembro de 1974 começou a colaborar regularmente com o Expresso. Aqui inicia uma série de cartoons intitulada Kafarnaum, que gerou alguma polémica, e mais tarde reuniria naquele que foi o seu primeiro livro.
Sem passar despercebido, o seu traço polémico e talentoso é exibido nas mais variadas exposições nacionais e internacionais.
Nos anos 80 o cartoonista faz uma edição limitada de peças de cerâmica antropomórfica com figuras como o General Ramalho Eanes em forma de cadeira e o então primeiro-ministro Mário Soares, nas formas de diabo, Buda e mealheiro.
Em 1993, António vê-se envolvido naquela que seria a maior polémica da sua carreira: o Preservativo Papal.
Com este cartoon António procura criticar a interdição papal do preservativo, apesar da deflagração da SIDA. A reacção não foi imediata, mas três meses mais tarde a controvérsia explode quando um grupo católico organiza um abaixo-assinado de 20 mil assinaturas. Este movimento solicita à Assembleia da República a discussão da «execrável caricatura», «que ofende gratuitamente e grosseiramente» e move uma queixa à Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS). A caricatura de António correu mundo e deu origem aos mais variados artigos de solidariedade e de condenação. Na imprensa nacional, as opiniões flutuaram entre a defesa do direito à livre expressão e criação (defendido por personalidades como Baptista Bastos, Cid, José Augusto França, Herman José, Maria do Céu Guerra, Mário Viegas, Raul Solnado e outros) e a condenação da "mão maligna" de António. In CITI
Em 1994 António celebra as suas duas primeiras décadas de desenhos com a edição de António, 20 anos de desenhos.
Abaixo ficam alguns cartoons de António publicados no Jornal Expresso.
O Basquetebolista, Jan 2009
...e a SIDA que se cuide! Mar 2009
Cumprimentos, Abr 2009
Radio y Televisión Venezuelana, Ago 2009
Estufado, Dez 2009
O homem que deixou cair a Lua, Fev 2010
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