Uma das primeiras características geométricas com que deparamos quando procuramos detectá-las na Natureza é, porventura, a simetria. Encontramo-la com facilidade, nomeadamente no seio do mundo animal. Quando, por exemplo, olhamos de frente para uma coruja, fitando-a nos olhos, estamos perante um exemplo de simetria bilateral relativamente a um eixo vertical imaginário que, passando pelo bico da ave, divide a sua cabeça em duas metades simétricas; o mesmo sucede quando olhamos de cima para o corpo de um insecto e verificamos que a sua metade esquerda é como que uma imagem espelhada da metade direita.
Há no entanto excepções, como é o caso de uma espécie de caranguejos terrestres, os caranguejos-violinistas, cujos machos apresentam como adaptação uma das tenazes desmesuradamente maior que a outra. Mas existem também diferentes formas de simetria, como sejam a radial, presente nos frutos de dentes-de-leão, ou a pentagonal, bastante comum entre as plantas, embora relativamente rara entre os animais, ressalvando-se, naturalmente, exemplos como a conhecida estrela-do-mar.